sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

A MORTANDADE NO TRANSITO TEM QUE ACABAR


O fato de 40 mil pessoas morrerem em acidentes de trânsito por ano no Brasil deveria ser mais do que suficiente para se buscar uma solução urgente. São mais de 100 mortes em média por dia, uma tragédia permanente que não para de disseminar sofrimento. E como, comprovadamente, muitos desses acidentes são provocados pela associação de álcool e volante, nada mais lógico, coerente e responsável que se elimine um deles.
A nova Lei Seca, regulamentada no mês passado, veio com mais rigor, atingindo o bolso e até a liberdade de motoristas que não a respeitarem, na medida em que, dependendo do volume de álcool detectado, o infrator pode ser preso por até três anos. Esse endurecimento parece forte demais, até questionável quando relacionado com uma sociedade que vive sendo bombardeada pela publicidade de bebida alcoólica. Pode parecer inclusive injusto pela absoluta falta de tolerância; mas é necessário.
A legislação não vai eliminar todos os motoristas inconsequentes, nem cessarão as mortes no asfalto. Mas a fiscalização, se executada com eficácia, diminuirá o número de vítimas – o que, em muitas cidades, já está sendo registrado. E cada vida poupada significa uma importante conquista.
É preciso ter sempre em consideração, porém, que por mais enérgica e abrangente que seja uma lei, ela só surtirá o efeito esperado se for plenamente cumprida. Para isso é imprescindível uma estrutura para vigiar e, tão relevante quanto isso, que não haja sequer risco de impunidade. Esses são passos primários para mudanças que demandam tempo. Se a pessoa se conscientizar que não deve ingerir bebida alcoólica antes de dirigir, o que o bom senso indica como posição óbvia, policiais podem se dedicar mais, por exemplo, ao combate a assassinos, assaltantes, traficantes - criminosos que têm aumentado cada vez mais os níveis de insegurança no país. Não seria uma troca duplamente benéfica para a sociedade?

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